Certo dia, Katie acordou sobressaltada, de madrugada, a sentir que algo úmido e frio lhe tinha entrado no ouvido.
Katie Holley e o marido compraram, no ano passado, uma casa na Florida, EUA, mas descobriram rapidamente que o clima do local era propício ao aparecimento de baratas. Chamaram, então, um exterminador, que lhes tinha resolvido o problema… pensavam eles.
Certo dia, Katie acordou sobressaltada, de madrugada, a sentir que algo húmido e frio lhe tinha entrado no ouvido. Decidiu, então, introduzir uma cotonete e apercebeu-se que algo mexeu; quando a retirou, viu umas pequenas”coisas” castanhas e finas, o que ela percebeu, mais tarde, que eram patas de algum inseto.
O marido de Katie tentou ajudar a perceber o que se passava, olhou para o ouvido de Katie e percebeu que tinha realmente uma barata no ouvido. Pegou numa pinça e tentou retirar o animal, mas apenas conseguiu que saíssem duas patas, por isso, Katie decidiu que o melhor a fazer era dirigir-se ao hospital e pedir ajuda médica.
Pelo caminho, Katie sentia a barata a mexer-se, o que, embora não provocasse dor física, era “psicologicamente torturante”, relatou Katie a um blogue, onde descreveu a história na primeira pessoa.
No hospital, injetaram anestesia para conseguir retirar e, consequentemente, matar a barata, mas acabou por provocar ainda mais agitação no inseto, que tentava escapar à morte iminente, e uma sensação ainda mais angustiante a Katie. Dois minutos depois, com a barata já morta, o médico que a atendeu começou a remover algumas partes do inseto com uma pinça.
Mal saiu do hospital, Katie e o marido foram comprar tampões para colocarem nos ouvidos enquanto dormem, para evitarem ser de novo surpreendidos.
No entanto, apesar de mais aliviada, Katie ainda não sentia que o seu ouvido estivesse completamente bem, mesmo sabendo que, após uma situação daquelas, haveria sempre algum desconforto posterior.
Cerca de uma semana depois, a mulher foi a uma consulta de rotina com a médica de família, segundo conta o “The Independent”, e pediu-lhe que verificasse o que se passava naquele ouvido, pensando ela que teria demasiada cera e, por isso, é que tinha uma sensação estranha.
No entanto, descobriu que, afinal, ainda restavam partes da barata, nomeadamente, parte do tronco, a cabeça e as antenas. Ao todo, foram mais seis peças que a médica retirou do seu ouvido, mas, desta vez, sem anestesia.
“Acho que o meu ouvido vai ficar bom mais rápido do que o meu estado psicológico”, escreveu Katie.
A médica de Katie explicou que é muito comum os insetos entrarem nos ouvidos das pessoas enquanto dormem e que, por isso, não era necessário ir a um especialista.
Num hospital na África do Sul, de acordo com o “The Independent”, que cita um artigo da “National Geographic”, durante dois anos, foram retirados cerca de 20 insetos de ouvidos humanos.
“As baratas procuram por comida em qualquer sítio e a cera de ouvido pode ser bastante apelativa”, disse a entomologista (estuda os insetos) Coby Schal, da Universidade estatal da Carolina do Norte, à “National Geographic”.
Fonte: Jornal de Notícias
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